
O novobanco e a AEP, com o apoio do Jornal Expresso, da APDL e da COFACE, lançaram, no dia 2 de dezembro, a terceira edição do projeto Portugal Export +60’30, uma iniciativa estratégica que pretende consolidar o compromisso nacional de alcançar 60% do PIB em exportações até 2030.
O evento de lançamento decorreu na sede do Grupo Impresa, em Paço D’Arcos, e contou com intervenções do Presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, e do Administrador do novobanco, Luís Ribeiro, que apresentaram os três pilares estratégicos desta terceira edição: Globalização 4.0, Reindustrialização e Inteligência Artificial.
A conferência contou também com os contributos dos ex-ministros da Economia Pedro Reis e Manuel Caldeira Cabral, bem como do advogado e ex-ministro da Defesa António Vitorino, que partilharam as suas perspetivas sobre o desenvolvimento económico de Portugal, com especial enfoque nas exportações e na influência da geopolítica.
Durante a conferência, foram abordados diversos obstáculos e desafios que têm condicionado o desempenho das empresas exportadoras nacionais. Para além do contexto internacional adverso, marcado por conflitos militares, medidas protecionistas e alterações logísticas globais, destacou-se o impacto crescente da inteligência artificial, que traz novas exigências e oportunidades. As empresas debatem-se ainda com desafios estruturais persistentes, a nível nacional, como a burocracia e a fiscalidade elevada, bem como com dificuldades na atração e retenção de talento e na requalificação dos trabalhadores, fatores essenciais para garantir a competitividade nos mercados nacional e internacional.
Outro ponto crítico salientado foi a elevada concentração das exportações portuguesas em poucos mercados, maioritariamente europeus, o que representa um risco acrescido, sobretudo quando as principais economias europeias estão menos dinâmicas, sendo sublinhada a importância da diversificação de mercados e da criação de clusters empresariais, que podem apoiar as PME na melhoria da eficiência, na partilha de conhecimento e no aumento da visibilidade internacional.
Apesar do contexto internacional desfavorável e da redução do peso das exportações no PIB nos últimos anos, o novobanco e a AEP mantêm e reforçam a ambição da meta do Portugal Export +60’30, que consideram fundamental para fortalecer as empresas portuguesas que atuam nos mercados internacionais e aumentar a sua resiliência face à instabilidade global.



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